Considerado um autor maldito, o escritor e dramaturgo Plínio Marcos, (1935-1999), foi um dos primeiros a retratar a vida dos submundos de São Paulo. Poucos escreveram sobre homossexualidade, marginalidade, prostituição e violência com tanta autenticidade.
Era, segundo ele mesmo afirmava, “figurinha difícil”. Foi entre as coisas que dele se sabe, dramaturgo, ator, jornalista, tarólogo, camelô de seus próprios livros, técnico da extinta TV Tupi, jogador de futebol e palhaço.
Começou escrevendo uma coluna semanal, aos domingos, no extinto jornal Última Hora, SP, em 1968. A coluna chamava-se Navalha na Carne e inicialmente escrevia pequenos contos. Em fevereiro de 1977, recebeu convite para escrever no jornal Folha de São Paulo, no qual passa a ter uma coluna diária até setembro do mesmo ano.
A partir de sua demissão do grupo Folha, não consegue mais emprego permanente nos grandes veículos de comunicação. Mas continuou escrevendo para diversos jornais e revistas do país.
Seus escritos se notabilizaram pela ousadia linguística, ele conseguia combinar a gíria dos malandros com um texto rigorosamente literário. Entre suas melhores obras estão: “Barrela” (1958), “Dois Perdidos Numa Noite Suja” (1966), “Navalha na Carne” (1967), “Quando as Máquinas Param” (1972), “Madame Blavatsky” (1985).
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Texto: educacao.uol.com